Com a chegada da primavera há um aumento de fatores alérgicos. A alergia ocular é uma reação alérgica nos olhos, não contagiosa, que aparece quando um determinado fator alérgico entra em contacto com a mucosa ocular, despertando aquilo a que se chama conjuntivite alérgica. Este tipo de alergia não afeta apenas os olhos, pode envolver as pálpebras e a pele.
A incidência de conjuntivite alérgica aumentou drasticamente nas últimas décadas, em Portugal e no mundo, apresentando um grande impacto na qualidade de vida das pessoas. Os portadores de rinite alérgica, asma ou dermatite atópica são mais suscetíveis a desenvolver alergias oculares.
Alguns dos fatores alérgicos capazes de produzir reações alérgicas oculares, dos quais destacamos o pólen, os ácaros, o pó, os pêlos de animais, alguns alimentos e medicamentos, produtos de higiene e beleza, lentes de contacto, tintas, solventes, entre outros.
As pessoas com alergias produzem um anticorpo, a imunoglobulina E (IgE) que, reconhecendo o fator alérgico, estimula a libertação de mediadores inflamatórios após exposição imediata dando origem a uma conjuntivite alérgica. Se a exposição ao fator alérgico for intensa e prolongada, a alergia pode tornar-se persistente e crónica.
Os sintomas, que por norma afetam os dois olhos, são pruridos (comichão) intenso, olho vermelho, lacrimejo transparente e abundante, sensação de corpo estranho, ardor, fotossensibilidade e edema palpebral.
Os dois principais tipos de conjuntivite alérgica são:
- A sazonal (ao pólen)
- A perene (por ácaros).
Os outros tipos são:
- A Queratoconjuntivite atópica (associada a dermatite atópica),
- A Simples (ocasional, acontece sem razão aparente),
- A Vernal (primavera e verão, sendo a mais grave de todas)
- A Gigantopapilar (lentes de contacto).